segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Modelos da Comunicação

“...Um modelo é como um mapa. Representa as características seleccionadas do seu território: nenhum mapa ou modelo pode ser exaustivo. Um mapa das estradas apresenta características diferentes de um mapa climatérico ou geológico de um país. Quer isto dizer que temos de ser intencionais e deliberados na escolha do mapa; temos que saber porque nos decidimos por ele e quais os conhecimentos que dele exigimos.
O problema é que, nos modelos, os propósitos não estão geralmente tão claramente assinalados…”




Modelos de Base Linear


O Modelo Linear de Lasswell

Harold Lasswell, professor da Universidade de Michigan, dos Estados Unidos da América, procurou sistematizar este processo, acabando por criar o paradigma com o seu nome, que, até hoje, descreve bastante bem a eficácia da comunicação entre indivíduos.



O modelo linear de Lasswell foi desenvolvido em 1948, constatando que comunicar eficazmente se resumia a responder às seguintes questões:



Quem? O emissor
Em qualquer processo da comunicação, devemos começar por definir quem faz a comunicação. Na vida em sociedade representamos uma enorme variedade de papéis. A comunicação será tanto mais inteligível quanto mais clara for a qualidade do papel do emissor, enquanto comunicador. O papel que elr assume clarifica a comunicação.


Diz o quê? A mensagem
Costuma dizer-se que se cada um de nós pensasse previamente no que vai comunicar reduziria as suas comunicações em mais de 50 por cento. Comunicamos sem tino. Em casa, na escola, no trabalho, em toda a parte. Podíamos deixar de fazer metade das nossas comunicações, sem qualquer prejuízo.

A mensagem é aquilo que liga o emissor ao receptor. Aqui, colocam-se todas as palavras relativas à significação e à interpretação. É preciso ter em atenção quem emite a mensagem, por que razão a emite e com que significação. De outro modo, a comunicação não é efectiva, uma vez que os significados do emissor e do receptor não coincidem.

Lasswell recomenda cuidado na interpretação de imagens, de emoções ou de sentimentos através das palavras. O que se comunica depende, para a significação, de palavras bem escolhidas, organizadas em frases. Palavras e frases que devem transmitir com clareza, o sentido do que queremos transmitir.

Como? Através de que canal
A escolha do meio adequado pode, por vezes, garantir o êxito ou provocar o fracasso do processo de comunicação.

A quem? Ao receptor
Há quem defenda que o grau de importância do emissor se dilui perante o grau de importância do receptor no processo de comunicação humana. Na verdade, o receptor condiciona a forma da comunicação entre os indivíduos.

Com que objectivos? Quais os efeitos
A finalidade da comunicação deve ser evidente, para precaver distorções e mal entendidos. É vulgar alguém dizer após ler ou ouvir uma comunicação: “Mas, afinal, o que queria dizer aquele falatório todo?”

Isto é: qual foi o objectivo da comunicação? Qual a finalidade da comunicação? Quais os efeitos da comunicação?


Podemos dizer que este modelo é um esquema basicamente descritivo e cuja finalidade é estabelecer a análise dos actos comunicativos, baseando-se em três premissas consistentes:

1 – É um processo assimétrico, com um emissor activo que produz o estímulo para um público (receptores) passivo;

2 – É um processo comunicativo intencional, tendo por objectivo obter um determinado efeito observável e susceptível de ser avaliado;

3 – É um processo em que os papéis do emissor e do receptor surgem isolados, independentemente das relações sociais, culturais e situacionais em que se realiza o acto comunicativo.



Aplicação do esquema de Lasswell ao processo de ensino-aprendizagem




O Modelo Linear de Shannon e Weaver

Shannon e Weaver são dois engenheiros electrónicos que elaboraram o seu modelo partindo da observação dos telégrafos. Este modelo mecânico dá ênfase não à mensagem, pois encara-a como algo secundário, mas à própria transmissão, ao sinal perceptível e, consequentemente, à sua boa recepção pelo receptor.


Este é um modelo básico de comunicação que a apresenta como um simples processo linear, tendo a sua simplicidade suscitado muitas críticas e cuja finalidade é medir a quantidade de informação contida numa mensagem e a capacidade de informação de um dado canal, quer a comunicação se efectua entre duas máquinas, dois seres humanos ou entre uma máquina e um ser humano.

Shannon e Weaver identificam três níveis de problemas no estudo da comunicação:

Nivel A (problemas técnicos) – Com que precisão se podem transmitir os símbolos da comunicação?

Nível B (problemas semânticos) – Com que presisão os símbolos transmitidos transportam o significado pretendido?

Nível C (problemas de eficácia) – Com que eficácia o significado recebido afecta a conduta da maneira desejada?

Embora os problemas técnicos do Nível A sejam os mais simples de compreender e, para os quais o modelo originalmente foi criado, estes autores afirmam que os três Níveis não são herméticos, mas sim inter-relacionados e interdependentes, funcionando assim, este modelo, para os três Níveis.

Ao estudarmos a comunicação em cada um destes níveis, compreendemos como podemos melhorar a precisão e a eficácia do processo.

A fonte é vista como detentora do poder de decisão, isto é, decide qual a mensagem a enviar, seleccionando uma de entre um conjunto de mensagens possíveis; esta mensagem seleccionada é depois transformada pelo transmissor num sinal, que é enviado ao receptor através do canal.

Por exemplo, para um telefone, o canal é o fio, o sinal é a corrente eléctrica que passa nele, e o transmissor e o receptor são os auscultadores do telefone.



Neste modelo, alguns novos termos são introduzidos:

O ruído é algo que é acrescentado ao sinal, entre a sua transmissão e a sua recepção e que não é pretendido pela fonte. Inicialmente situado no quadro técnico do canal (pode ser uma distorção do som, interferências nas linhas telefónicas, etc.), foi alargado por Weaver ao nível semântico pelos problemas da interpretação do significado pretendido numa mensagem. O autor sugere que se adicione ao esquema base deste modelo um codificador e um descodificador semântico.

Outra inovação deste modelo trata-se da tentativa de medir o conteúdo ou novidade informática. Essa quantidade mensurável que caracteriza a mensagem está ligada à sua extensão, às dimensões no espaço e no tempo, do seu suporte ou do seu canal de transferência mas sobretudo à imprevisibilidade da sua ocorrência. Esta medição da informação é útil no desenvolvimento do computador moderno e que dá uma grande ajuda aos média pois facilita bastante na transmissão de informação.

Surgem ainda a entropia e a redundância. A entropia define-se como a medida do grau de desordem de um dado sistema de comunicação, a falta de previsibilidade numa situação, resultando em incerteza. A redundância é o oposto da entropia, resulta de uma previsibilidade elevada. Assim, numa mensagem de baixa previsibilidade é entrópica e com muita informação, inversamente, uma mensagem de elevada previsibilidade é redundante e com pouca informação. A redundância desempenha um papel vital na comunicação para organizar e manter a compreensibilidade da mensagem, ajudando a estabelecer um valor optimum para a compreensão da mensagem, apresentado como um jogo dialéctico entre a originalidade (imprevisibilidade) e a inteligibilidade.



Aplicação do esquema de Shannon e Weaver ao processo de ensino-aprendizagem

o Superar as deficiências de um canal com ruído;

o Escolher os meios mais adequados para fazer passar a informação com o menor ruído;

o Superar os problemas de transmissão de uma mensagem entrópica;

o Resolver problemas associados à audiência;

o Estabelecer um valor optimum de inteligibilidade na construção da mensagem para ser percebida pelos alunos.



Modelos de Base Cibernética

Para Norbert Wiener, criador da Cibernética, esta é a consciência tecnológica do homem, isto é, a crescente necessidade de criação de máquinas que imitem o comportamento dom ser humano, podendo abranger vastas áreas de conhecimento como a filosofia, e a sociologia.

A palavra Cibernética deriva do termo grego “kubernetes” que significa “piloto”. Atribuindo-se ao “piloto” a função de comunicar e controlar, transmitindo uma mensagem cuja informação é apenas acessível por ele, da mesma forma que, ao receber uma mensagem, apenas o emissor desta pode aceder-lhe na totalidade.

Segundo este autor, toda a sociedade deveria girar à volta desta ideia e ser entendida não só na comunicação entre os homens, como na comunicação entre o homem e a máquina e entre máquinas.

Os modelos cibernéticos integram o feedback e a retroacção como elementos reguladores da circularidade da informação.

Surgem assim alguns modelos de comunicação interpessoal inspirados nos modelos de base cibernética, uma vez que a interacção é face-a-face.


O Modelo de Comunicação Interpessoal de Schramm

Este autor dá uma nova dimensão aos modelos lineares, com o alargamento das noções de codificação e descodificação. Defendendo que o processo de comunicação é interminável, não se sabendo onde começa nem quando acaba a corrente de informação.



Estamos assim perante um modelo de comunicação onde existe:

o Campo experimental comum;

o Alargamento das noções de codificação e de descodificação;

o Influência exercida mutuamente entre os participantes através da retroacção (feedback).



Aplicação do esquema de Schramm ao processo de ensino-aprendizagem

o De acordo com as respostas dos alunos, o professor pode modificar o resto da lição, para a tornar mais adequada, procurando sempre que os alunos possam aprender os conhecimentos que se transmitem.


O Modelo Circular de Jean Cloutier

Popular pela sua obra “A Era de EMEREC”, Jean Cloutier defende que o “homo communicans” se encontra alternadamente em cada um dos pólos de comunicação ou, até mesmo, em ambos os pólos simultaneamente e que o ponto de partida de um processo de comunicação é sempre o seu ponto de chegada, passando-se de uma base linear para uma base concêntrica.
  

EMEREC personifica o carácter de emissor e receptor de cada pessoa;

LINGUAGEM E MENSAGEM são duas noções indissociáveis, pois é a linguagem que permite incarnar a mensagem;

MEDIUM é o intermediário que permite transpor as mensagens no espaço e no tempo.




Aplicação dos esquemas cibernéticos no processo de ensino-aprendizagem

o O feedback é o factor que distingue informar de comunicar;

o Procurar o feedback é procurar a relação, é considerar o aluno como uma realidade autónoma, é estabelecer a comunicação;

o Surge um novo papel para o formador, deixando de ser o sábio emissor que transmite a sua ciência aos alunos, passando ambos à descoberta do saber;

o Aquisição e compreensão de diversos saberes com recurso aos média.



Modelos de Comunicação de Massas

Os Modelos de Comunicação de massas encontram-se incluídos nos modelos de Base Cibernética por se inspirarem nos princípios da retroacção.

O Modelo de Comunicação de Massas de Shramm

Para Shramm, autor já falado anteriormente nos Modelos de Base Cibernética, ouve alterações na medida em que o emissor ou a fonte é colectivo. Isto é, são ao mesmo tempo, o organismo (por exemplo, um jornal), e os mediadores que dele fazem parte, tendo sempre presente o feedback ou retroacção.



O Modelo Geral de Comunicação de Gerbner

O Modelo de Gerbner tem como característica primordial poder apresentar formas diferentes em função do tipo de situação de comunicação que descreve, adaptando-se para diversos fins.

A sua versão verbal é a seguinte:

1. Alguém;

2. Percepciona um acontecimento;

3. E reage;

4. Numa situação;

5. Através de alguns meios;

6. De modo a tornar disponíveis materiais;

7. Sob determinada forma;

8. E contexto;

9. Transmitindo conteúdo;

10. Com alguma consequência.

Aplicação dos Modelos de Base Cibernética ao processo de ensino-aprendizagem

o As mensagens transmitidas tendo o colectivo (os média) como emissor, vão ser descodificadas, interpretadas e novamente codificadas por cada aluno que, ao se encontrarem no grupo turma, poderão expor os seus pontos de vista. Cabe assim ao professor, não o papel de ensinamento, mas o de mediador de uma mensagem de onde pode surgir diversas interpretações e logo, vários feedbacks.




Modelos Culturais

Os autores dos Modelos Culturais mostram a sua preocupação com a cultura de massa, distinguindo os seus elementos antropológicos mais relevantes e a relação entre o consumidor e o objecto do consumo.

O Modelo Cultural de Edgar Morin

Para este autor, a questão está na cultura de massas, a qual também chama de cultura industrial. “ A cultura de massa é o produto de uma dialéctica produção-consumo, no seio de uma dialéctica global, que é a da sociedade no seu conjunto”, assim, o sucesso do grande público depende do grau de eficácia da resposta às aspirações e necessidades individuais.




O Modelo Cultural de Abraham Moles

Este autor distingue a cultura individual (soma da educação e da experiência de cada individuo) e a cultura colectiva (pertença do individuo a um grupo social). Defendendo a existência de uma interacção permanente entre a cultura e o meio a que ela respeita – sociodinâmica da cultura.




Aplicação dos Modelos Culturais ao processo de ensino-aprendizagem

o Se sabemos por onde passa e como circula a cultura o professor deverá poder actuar sobre ela, tomando partido a respeito da acção que exercem os meios de comunicação de massa sobre o conjunto das acções humanas e sobre a criação de novas ideias.

__________________
Bibliografia:


Fiske, John. Introdução ao Estudo da Comunicação. Porto: Asa Editores, 1993
Freixo, Manuel João Vaz. Teorias e Modelos de Comunicação. Lisboa: Instituto Piaget, 2006
Caetano, Joaquim, Rasquilha, Luís. Gestão e planeamento de Comunicação. Quimera, 2007
Sfez, Lucien. A Comunicação. Instituto Piaget, 1991


http://bemisacaru.blogs.sapo.pt/2894.html
_______________________

Paula Martins
Instituto Piaget – Almada
Aluna n.º 42137
Janeiro de 2010
[ ... ]

sábado, 12 de dezembro de 2009

Perspectiva Histórica da Evolução da Comunicação/Educação

Interpretar a história da comunicação é simultaneamente compreender as fases que a educação tem sofrido ao longo dos anos.

A história da comunicação é cumulativa: cada nova linguagem, cada novo medium que Emerec criou no decurso dos tempos, sobrejuntou-se aos outros, aumentando assim a sua capacidade de comunicação. No entanto, a evolução é longa e o acesso a um novo modo de comunicação é difícil e trabalhoso, pois é bem verdade que cada um deles transforma progressivamente Emerec. “Desde que o homem adquiriu a linguagem... ele próprio determinou as modalidades da sua evolução biológica, sem disso ter, necessariamente, consciência”.
A história da comunicação pode dividir-se em quatro episódios que se sobrepõem. Cada episódio é caracterizado pela utilização de novas formas de comunicação, que transformam a sociedade e constituem um novo tipo de comunicação.




A Comunicação Interpessoal
Nos primeiros tempos o homem é o único médium de comunicação e portanto, só a comunicação interpessoal é possível.
Foi com o homo sapiens, há várias centenas de milhar de anos, que se deu o primeiro episódio da história da comunicação. Este homem aprende a exteriorizar as suas necessidades, as suas ideias, os seus desejos; aprende a exteriorizar-se. Estabelece um sistema de comunicação cada vez mais elaborado a partir do seu próprio corpo. Faz gestos que ganham um sentido cada vez mais preciso, emite sons que se tornam, pouco a pouco, códigos significativos. 0 canto e a dança permitem-lhe exprimir sentimentos, manifestar alegrias, tristezas ou orações. Diferencia-se dos animais por um sistema de comunicação progressivo e aberto, que pode transmitir-se e enriquecer-se, de geração em geração.
A expressão corporal e verbal constitui o único modo de comunicação. E necessita da presença de todos os interlocutores num mesmo espaço e momento.


Temos assim a comunicação interpessoal como o processo de criação de relações sociais entre pelo menos duas pessoas que participam num processo de interacção, isto é, acontece quando duas pessoas interagem reciprocamente e interliga-se às aprendizagens em família pelo seu recurso apenas à fala e aos gestos.
Esta modalidade não formal de aprendizagem é por excelência muito relevante, é no espaço familiar que se apreendem valores que servem de pilar à vida e às restantes aprendizagens, desde o simples acto de um pai que ensina o filho a pescar ou a mãe que ensina a cozinhar.


A Comunicação de Elite
O aparecimento da escrita permite uma configuração comunicativa radicalmente nova. A sua linguagem constitui-se mediante regras gramaticais, exigindo uma aprendizagem especial, um conhecimento especializado. É um saber que não pertence a todos. Estabelece-se, assim, contrariamente à oralidade, uma dicotomia entre os que dominam o seu exercício e os que não. É com base nesta desigualdade que Cloutier (1975) designa esta configuração comunicacional por comunicação de elite.




Associada a esta fase da comunicação surge a Escola como um espaço de aquisição de saberes e capacidades.
A abertura da educação escolar a todas as classes sociais é um processo tardio, uma vez que, e indo à raiz do termo “escola”, este deriva do conceito grego de “ócio” (tempo livre), sendo os populares excluídos desta elite por terem que trabalhar.


A Comunicação de Massas
Os média colectivos (mass-média) criam uma nova sociedade baseada na comunicação de massa.
Dois momentos históricos correspondem no século XV ao aparecimento da tipografia e desenvolve-se no século XIX com uma série de invenções no âmbito das telecomunicações (do telégrafo e do telefone) e do som e da imagem electrónicos (radiofonia, cinema e televisão).

Por volta da década de 60 do século XIX, inicia-se o período da fase industrial e da comercialização em massa com a publicação de jornais a preços reduzidos dirigidos a públicos numerosos e heterogéneos.



O segundo momento da comunicação de massas remete-nos para a "galáxia de Marconi", caracterizada pela emergência das telecomunicações e do mundo das imagens electrónicas, dando-lhe início a uma nova era comunicacional de espaços multidimensionais. Com a invenção do transístor a rádio pode acompanhar-nos por todo o lado. Vence todas as distâncias, sejam de âmbito físico ou cultural, achando-se ao alcance dos indivíduos analfabetos.



A televisão é o último média a surgir. Parte da "força" deste media, capaz de influenciar e organizar os estilos de vida e hábitos comunitários, bem como condicionar culturalmente os cidadãos através da disseminação de ideias e modismos à escala planetária.



Surge assim o conceito de Escola Paralela, a escola deixa de ser a única fonte de divulgação de saberes e é posta em causa com o aparecimento destes meios de comunicação de massa.
Segundo Friedmann (1962) Escola Paralela é “o conjunto de estímulos afectivos e intelectuais que recebem as crianças desde a sua mais tenra infância e fora da “escola oficial”, a partir do meio ambiente, da televisão, a rádio, o telefone, o transmissor, os desenhos animados, as revistas do país.”


A presença dos meios de comunicação de massa gerou três movimentos diferentes sobre a sua relação com a “escola oficial”:
Substituição – Defendido por Ivan Illich, deveria existir uma sociedade sem escola, onde cada homem acederia livremente aos conhecimentos através dos média.
Concorrência – Defendido por Louis Porcher, esta concorrência está relacionada com o facto da escola oficial não conseguir acompanhar o avanço e a grande capacidade de difusão da escola paralela.
Complementaridade – Movimento protagonizado por La Borderie, que não concordava com esta distinção entre as duas escolas. Para este autor a escola será um espaço complementar de encontro das diferentes formas de interpretar o mundo.



A Comunicação Individual
Os média individuais (seíf-media) oferecem-lhe uma era nova, a da comunicação individual.
A chegada dos transístores, dos circuitos integrados e dos microprocessadores, para além de banalizarem os meios de comunicação de massa e assegurarem o seu triunfo, abrem uma nova configuração comunicativa. Daí que Cloutier designe este novo episódio comunicativo por comunicação individual, pela possibilidade de se dispor duma série de meios individuais tanto para emitir como para receber.
O ENIAC (Electronic Numeral Integrator And Calculator), foi considerado o primeiro verdadeiro computador. O indivíduo deixa de ser um mero espectador para se converter em emissor e processador da informação.
A capacidade de interligação destes equipamentos entre si, dando origem às redes informáticas, permitiu a sua utilização colaborativa. Esta ampliação do uso individual marca a passagem para uma nova configuração comunicativa.



Esta nova era, associada à Auto-Educação, permite que o aluno deixe de ser apenas um estudante que frequenta cursos recebendo os ensinamentos do Professor, para se “auto-educar”, acedendo pelos seus próprios meios a uma aprendizagem autónoma.


Comunicação em Ambiente Virtual
No topo da pirâmide surge-nos a Comunicação em Ambiente Virtual, a utilização das tecnologias de comunicação, ocorrida nos últimos anos da década de 80, marcada fundamentalmente pelo aperfeiçoamento dos microprocessadores, pelo uso da fibra óptica e pela digitalização da informação, anuncia mudanças profundas, algumas já em curso, outras que se pronunciam, sendo a noção de rede o conceito chave para caracterizar este episódio comunicativo.
A entrada progressiva da informática no mundo dos media abriu vias de aliança entre as telecomunicações, o audiovisual e o computador, iniciando o estabelecimento das tradicionais fronteiras entre sistemas.
Ao alcance da "ponta dos dedos" do "homo communicans" abre-se um mundo de informações vindas de lugares muito longínquos e por tradição fechados, como os grandes arquivos, ao mesmo tempo que lhe permite estar, sem se mover fisicamente, em diferentes lugares. Reside aqui a grande diferença entre o ecrã televisivo da era dos mass-media e o ecrã informático: enquanto a televisão traz o mundo público para dentro de casa, o ecrã informático, conectado em rede, leva o mundo interior de cada indivíduo para o espaço público.
A Internet que hoje conhecemos e que milhões de indivíduos já utilizam, é o exemplo da rede de base colaborativa.


A ligação ao ensino faz-se através das Comunidades de Aprendizagem. A distância deixou de ser uma barreira para a formação destes grupos, esta comunicação em ambiente virtual é suportada pelas redes electrónicas de comunicações que permite para além de se criarem condições para que os professores e alunos desenvolvam interacções, que cada escola, professor ou aluno possa estabelecer facilmente relações plurais e colaborativas com outras pessoas, potenciando-se a formação em territórios educativos.



A Comunicação aparece assim, desde sempre, ligada à Educação.
A meu ver, todas estas fases devem ser cumulativas num sistema de ensino. Uma pessoa encontra-se em constante aprendizagem, quer esteja no seio da sua família, na escola, a ler, no cinema, ver televisão ou na internet, o importante é tirar partido de todos os ensinamentos que delas se consigam extrair.
Não podemos deixar de salientar o papel de extrema importância que as TIC têm desenvolvido no contexto da comunicação/educação, colocando ao dispor de todos um número incalculável de saberes e testemunhos, fazendo de todo um mundo um espaço único de partilha.
~

___________
Bibliografia
Freixo, Manuel João Vaz. Teorias e Modelos de Comunicação. Lisboa: Instituto Piaget, 2006
http://www.apagina.pt/?aba=7&cat=161&doc=11918&mid=2
http://www.univ-ab.pt/~bidarra/hyperscapes/video-grafias-257.htm
http://www.minerva.uevora.pt/stclara/pp03-04/alunos/6f/comunica/introd.htm
http://www.lerparaver.com/node/148

___________
Paula Martins
Instituto Piaget – Almada
Aluna n.º 42137
Dezembro 2009

[ ... ]

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A Epistemologia da Comunicação

“Nunca na história do mundo se falou tanto de comunicação. Esta, ao que parece, deve resolver todos os problemas: a felicidade, a igualdade, o desabrochar dos indivíduos e dos grupos. Isto enquanto os conflitos e as ideologias se esbatem.”
É assim que Lucien Sfez começou o seu livro “A Comunicação”, referindo também que a comunicação invade todas as áreas, meios e campos que nos circundam.

Segundo Denis Diderot na sua Enciclopédia que data de 1753 “este termo possui um grande número de acepções” e já nesta época se refere a este conceito como a língua de várias ciências, artes e ofícios, remetendo a sua polissemia para as ideias de partilha, comunidade, contiguidade, continuidade, consubstanciação e exibição.
Concordo com John Fiske quando refere que “A Comunicação é uma daquelas actividades humanas que todos reconhecem, mas que poucos sabem definir satisfatoriamente. Comunicação é falarmos uns com os outros, é a televisão, é divulgar informação, é o nosso penteado, é a crítica literária: a lista é interminável.” E com Thayer quando se refere a comunicação como “o processo vital através do qual indivíduos e organizações se relacionam uns com os outros, influenciando-se mutuamente.”

Assim, saber comunicar é uma arte, devemos então, apreciá-la, mas não só, também devemos potenciá-la, porque esta será sem dúvida, uma boa condição para o sucesso.
É importante o que se diz numa comunicação, mas mais relevante é a forma como se diz, por isso é tão essencial a letra como a música e é na conjugação destas duas que surge um bom comunicador.
É irreal pensar-se que por alguns segundos podemos deixar de comunicar, pois até a simples ausência de comunicação por parte de uma pessoa, é mensageira de uma informação, vejamos o exemplo:

Uma pessoa que passa por um amigo e não responde ao seu cumprimento poderá passar a mensagem de que está chateada ou distraída.


São também formas passivas de comunicação a roupa que vestimos, oo espaço e distância a que comunicamos, os movimentos corporais, o tempo (chegar atrasado ou demasiado cedo), o toque, as expressões faciais, os gestos.
Em resumo, todo o comportamento numa situação de interacção tem valor de mensagem, ou seja é impossível não comunicar.


Tipos de Comunicação


Sendo a comunicação, na sua maioria, considerada como uma relação, uma partilha interpessoal, podemos considerar dois grandes tipos de comunicação, Verbal e Não - Verbal.

Comunicação Verbal
Apesar dos grandes avanços tecnológicos, a palavra continua a ser um dos meios de comunicação mais eficazes que existem.
Comunicação verbal é toda a comunicação que utiliza palavras ou signos. É através da comunicação verbal, simbólica e abstracta, que se faz por palavras faladas ou escritas, que o homem compreende e domina o mundo que o rodeia e entende, assim, os outros.
A comunicação começa em nós próprios mas é na mente da outra pessoa que ela é efectuada, o que importa não é apenas o que é dito, mas o que a outra pessoa entende do que foi dito.
As pessoas comunicam de diversas formas ou tipos mas no que respeita a Comunicação Verbal existem dois tipos:


Comunicação verbal oral, é a mais comum e refere-se à emissão de palavras e sons que usamos para comunicar, tais como dar instruções, entrevistar ou informar. É muito importante cuidar a nossa comunicação verbal oral, devemos pois, tratar da nossa vocalização, entoação e do nosso timbre.
As conversações não presenciais então muito na moda, desde o aparecimento do telemóvel e da Internet, surgiram novas formas de linguagem, ou formas de se expressar e que já possuem as suas próprias expressões. As palavras, neste tipo de conversações, têm um papel muito relevante por duas razões que são fundamentais: por um lado não vemos o nosso interlocutor e, por outro, as palavras e certas expressões podem ter significados distintos.
São exemplos deste tipo de comunicação, o Diálogo, Televisão, Rádio, Telefone, Palestras, etc.

Comunicação verbal escrita é o registo de observações, como pensamentos, interrogações, informações e sentimentos e pode ser expressa em Livros, Cartazes, Jornais, Folhetos, Cartas, etc.


Comunicação Não – Verbal
A comunicação não verbal utiliza algumas espécies de suportes tais como o corpo, a dispersão dos indivíduos no espaço e uma série de outros sinais que nos envolvem no dia-a-dia e que nos transmitem mensagens às quais, por vezes, não damos a verdadeira atenção e que podem, por isso, interferir na nossa relação com o outro.
Este tipo de comunicação transmite muitas vezes as intenções que as palavras não chegam a expressar. Assim, um sorriso ou um silêncio em determinadas situações podem comunicar mais facilmente o que sentimos, do que simples palavras.
A definição de comunicação não verbal não tem sido tarefa fácil, devendo este facto estar associado a uma vasta gama de fenómenos, desde a expressão facial e os gestos até à moda; desde a dança e o teatro até à música e a mímica, desde o fluxo de sentimentos e emoções até ao fluxo de tráfego, e desde a territorialidade dos animais até ao protocolo dos diplomatas.
Podemos no entanto entendê-la como toda a comunicação que acontece para lá das palavras, que apresenta pouco controlo consciente por parte dos emissores e que varia com o padrão cultural em que nos inserimos.
A comunicação não verbal desempenha várias funções que ajudam o ser humano a comunicar. Desta forma podemos encará-la como o principal meio de expressão e comunicação dos aspectos emocionais, como meio primário e privilegiado para assinalar mudanças de atitude nas relações interpessoais. Podemos vê-la também na apresentação do Eu e do seu corpo, pois, dá uma imagem de si mesmo ao mundo que o envolve, e principalmente como um apoio e complemento à comunicação verbal.
São exemplos deste tipo de comunicação os gestos, postura, expressões faciais, toque, silêncios, etc.


O Processo de Comunicação

O processo de Comunicação ocorre quando o emissor emite uma mensagem (ou sinal) ao receptor, através de um canal (ou meio). O receptor interpretará a mensagem que pode ter-lhe chegado com algum tipo de barreira (ruído, bloqueio, filtragem) e, a partir daí, dará o feedback ou resposta, completando o processo de comunicação.

Emissor – Aquele que transmite verbal ou não verbalmente um conteúdo de ideias, palavras, expressões e valores que ele deseja que a outra pessoa entenda;
Mensagem – Corresponde ao conteúdo de ideias, palavras, expressões e valores enviados pelo emissor e que serão captados pela outra pessoa;
Receptor – Aquele que recebe a mensagem, interpreta-a e devolve uma nova mensagem reformulada ao seu emissor. Neste momento aquele que era o receptor torna-se um novo emissor;
Canal de Comunicação – Meio usado para transportar uma mensagem do emissor ao receptor;
Ruído – É algo que é acrescentado à mensagem, entre a sua transmissão e a sua recepção, e que não é pretendido pela fonte;
Feedback – também conhecido como resposta ou retroacção, é a transmissão da reacção do receptor de volta ao emissor;

Na sequência da análise do esquema da comunicação torna-se elementar aprofundar o termo Ruído, como o único que neste modelo o significado não é imediatamente óbvio.


O ruído é algo que é acrescentado ao sinal, entre a sua transmissão e a sua recepção, e que não é pretendido pela fonte.
Pode ser distorção do som, ou interferências numa linha telefónica, electricidade estática num sinal radiofónico, ou “granizo” num écran de televisão. Todos estes são exemplos de ruído que ocorrem dentro do canal de comunicação e como tal, considerados problemas técnicos.
Mas o conceito de ruído tem sido alargado de forma a significar qualquer sinal recebido que não foi transmitido pela fonte, ou qualquer coisa que torna o sinal pretendido mais difícil de descodificar com exactidão. Assim, uma cadeira desconfortável durante uma palestra pode ser uma fonte de ruído – pois não recebemos a mensagem apenas através dos olhos e ouvidos, neste caso, pensamentos mais interessantes do que as palavras do orador também são ruído.
Shannon e Weaver (na sua teoria matemática da informação) admitem que o conceito de ruído técnico tem de ser alargado de forma a permitir lidar com os problemas de ruído ao nível semântico e sugerem que poderá ser necessário inserir um elemento intitulado “receptor semântico” entre o receptor e o destino.
O ruído semântico define-se assim como qualquer distorção de significado que ocorre no processo de comunicação e que não é pretendido pela fonte, mas que afecta a recepção da mensagem no seu destino.
O Ruído, quer tenha origem no canal, no público, no emissor ou na própria mensagem, confunde sempre a intenção do emissor, limitando deste modo a quantidade de informação desejada que pode ser enviada numa dada situação, num determinado tempo.

É fundamental a supressão dos ruídos, sendo necessário identificá-los e identificar a sua causa. Se não podemos eliminá-los, deve encontrar-se os meios de lutar contra eles e, em qualquer caso, neutralizar os seus efeitos nefastos.
Se o emissor dá conta de que há um ruído, pode repetir o que disse, isto é, produzir novamente o sinal.
Repetição pelas mesmas palavras ou por palavras parecidas e recurso a meios diversos para exprimir a mesma coisa, constituem recursos à redundância como meio de lutar contra o ruído, sendo sempre possível neste tipo de situações, o emissor repetir a mensagem, suprindo assim as deficiências que a inviabilizaram inicialmente.



Redundância
Redundância no dicionário é descrita como “Superabundância (particularmente de palavras); pleonasmo” .
Pode ser entendida como a probabilidade de ocorrência de uma informação, ou seja, quanto mais provável a informação, mais redundante ela é . Resultando de uma previsibilidade elevada e com pouca informação.
No entanto, no processo de comunicação, a redundância é extremamente útil e vital ao seu desenrolar. Teoricamente, a comunicação pode verificar-se sem redundância, mas na prática essas situações são quase inexistentes.


A redundância surge assim com uma função de ajuda ao processo de comunicação.
Segundo Shannon e Weaver, a redundância facilita a exactidão da descodificação e fornece um teste que permite identificar erros. Por exemplo, as diferentes pronúncias existentes em Portugal só são decifráveis pelo receptor porque estamos sempre a testar a exactidão das mensagens que recebemos em relação ao provável, e o que é provável é determinado pela nossa experiência do código, do contexto e do tipo de mensagem, isto é pela convenção e pelo costume. Por exemplo quando um Alentejano diz “ Ê na sê o que tás dizendo”, facilmente o receptor desta mensagem identifica-a como “Eu não sei o que estás dizendo”, evitando assim que um tipo de ruído ameace este processo de comunicação.
Outra situação em que a redundância ajuda a superar as dificuldades de um canal com ruído, é quando há interferências no telefonema e nós temos que soletrar palavras, como exemplifica a imagem que se segue.


Paralelamente, aumentar a redundância ajuda também a superar os problemas de transmissão de uma mensagem completamente inesperada, ou que seja o contrário daquilo que seria de esperar, recorrendo à repetição ou a várias formas de dizer a mesma coisa.
Em relação ao canal utilizado, se for a comunicação verbal oral (fala), deve ser uma mensagem mais redundante do que a comunicação verbal escrita, pois na última o receptor pode introduzir a sua própria redundância ao ler mais que uma vez.
Outro aspecto a focar tem a ver com as audiências, para uma audiência heterogénea, maior, tem que ser utilizado um elevado grau de redundância, por outro lado, uma audiência pequena, especializada e homogénea, pode ser conquistada com uma mensagem mais entrópica.

Segundo Shannon, podemos dividir a redundância em quatro tipos distintos:
A redundância do código: resultante dos mecanismos da própria língua, isto é, há um supérfluo de informação limitado pelas regras de aceitabilidade formal;
A redundância do emissor: ou acção do sujeito falante sobre a substância do código utilizado;
A redundância do canal: o uso paralelo de vários canais informativos;
A redundância do interlocutor: ou os conhecimentos subjectivos do participante do acto de comunicação. Os casos mais frequentes são a orientação do tema, atitude positiva, ou interesse particular.

Em resumo, a redundância aumenta a forma do comunicado, mas facilita a sua percepção e compreensão, no entanto, quando mal proporcionada pode transformar-se em ruído comunicativo.



Entropia
Introduzimos assim mais um importante conceito no processo de comunicação, que, ao contrário de redundância, resulta de uma previsibilidade reduzida.
“A entropia (do grego εντροπία, entropía) é uma grandeza termodinâmica geralmente associada ao grau de desordem. Ela mede a parte da energia que não pode ser transformada em trabalho. É uma função de estado cujo valor cresce durante um processo natural num sistema isolado.”
Assim, temos uma noção importada da termodinâmica que é transportada e aplicada como uma transmissão, acumulação e utilização da informação. Lucien Sfez defende que o destino desta noção é extraordinário, se pensarmos que ela “informa” todas as ciências da natureza, da biologia à física entre outras.
A noção de entropia emerge como um conceito chave na construção de uma visão do mundo, fundamentada na informação e na comunicação. É uma noção usada na desordem gerada pela informação.


Informação/Comunicação
“Informação é o resultado do processamento, manipulação e organização de dados, de tal forma que represente uma modificação (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento do sistema (pessoa, animal ou máquina) que a recebe.
Informação enquanto conceito, carrega uma diversidade de significados, do uso quotidiano ao técnico. Genericamente, o conceito de informação está intimamente ligado às noções de restrição, comunicação, controle, dados, forma, instrução, conhecimento, significado, estímulo, padrão, percepção e representação de conhecimento.”

Informação vem do latim informare, no sentido de dar forma ou aparência, pôr em forma, formar, criar, mas também, representar, apresentar, criar uma ideia ou noção.

Por outro lado, Comunicar deriva do latim communicare, que significa tornar comum, partilhar, repartir, associar, trocar opiniões, conferenciar. Implica a participação em interacção, em troca de mensagens, em emissão ou recebimento de novas informações.

Quando a informação desperta o interesse de outrem é possível o estabelecimento de um sistema de comunicação, pois existe uma manifestação coerente do receptor às informações do emissor, mas nem sempre uma informação é capaz de estabelecer conexões e produzir comunicação.

No entanto, uma mensagem não possui carácter comunicativo se a informação não é útil ou se não produz uma resposta coerente.

_____________________
Bibliografia
Fiske, John. Introdução ao Estudo da Comunicação. Porto: Asa Editores, 1993
Freixo, Manuel João Vaz. Teorias e Modelos de Comunicação. Lisboa: Instituto Piaget, 2006
Mattelart, Armand. A Invenção da Comunicação. Instituto Piaget, 1994
Sfez, Lucien. A Comunicação. Instituto Piaget, 1991
http://www2.fcsh.unl.pt
http://www.apagina.pt
http://www.ceismael.com.br
http://pt.wikipedia.org

[ ... ]

domingo, 29 de novembro de 2009

Teorias e Modelos da Comunicação

A disciplina de Teorias e Modelos da Comunicação da Pós-graduação em TIC no Instituto Piaget serviu de ponto de partida para a criação deste blogue.
Assim, e uma vez que falamos em comunicar (pôr em comunicação, participar, fazer saber, transmitir, estar em comunicação, corresponder-se, …), para além de partilhar aqui os trabalhos realizados no âmbito desta disciplina, fico à espera do vosso importante feedback, sem o qual este “espaço” não faz sentido.
[ ... ]